A Caatinga é um ecossistema único com ocorrência de rica vegetação em região semi-árida

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; ocupa os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.

A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas – formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas.

Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, sete espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymnophiona.

Foto Onça Vermelha, também chamada de puma, suçuarana, cougar, jaguaruna, leão-baio, onça-parda e leão-da-montanha

Foto Onça Vermelha, também chamada de puma, suçuarana, cougar, jaguaruna, leão-baio, onça-parda e leão-da-montanha

A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil-Colônia com o regime de sesmarias e sistema de capitanias hereditárias, por meio de doações de terras, criando-se condições para a concentração fundiária. De acordo com o IBGE, 27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.

Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram antropizados.

Estudo de Representatividade Ecológica do Bioma Caatinga

Este projeto abrange toda a área nuclear do bioma Caatinga. Por meio de estudos científicos, o projeto objetiva delimitar as ecorregiões da Caatinga e analisar a representatividade da vegetação e áreas protegidas do bioma, identificando-se as lacunas.

Os temas básicos abordados são: geomorfologia, geologia, solos, clima, vegetação e sistemática botânica, fauna (insetos, peixes, répteis, aves e mamíferos), e biogeografia. Estão sendo realizados estudos de compilação e trabalhos de campo para cobrir todas as possíveis lacunas de conhecimento dos temas que compõem o estudo. Todas as informações são referenciadas geograficamente e estocadas em banco de dados específico.

vegetação e sistemática botânica

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Localização
A caatinga ocupa uma área de 734.478 km2 e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isto significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil.

A área total é de aproximadamente 1.100.000 km²

A área total é de aproximadamente 1.100.000 km²

A caatinga ocupa cerca de 7% do território brasileiro. Estende-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais.

A área total é de aproximadamente 1.100.000 km². O cenário árido é uma descrição da Caatinga – que na língua indígena quer dizer Mata Branca.

Caracterização

A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais. Em certas regiões do Ceará, por exemplo, embora a média para anos ricos em chuvas seja de 1.000 mm, pode chegar a apenas 200 mm nos anos secos.

A temperatura se situa entre 24 e 26 graus e varia pouco durante o ano. Além dessas condições climáticas rigorosas, a região das caatingas está submetida a ventos fortes e secos, que contribuem para a aridez da paisagem nos meses de seca.

As plantas da caatinga possuem adaptações ao clima, tais como folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis, caules suculentos etc. Todas essas adaptações lhes conferem um aspecto característico denominado xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto).

Duas adaptações importantes à vida das plantas nas caatingas são a queda das folhas na estação seca e a presença de sistemas de raízes bem desenvolvidos. A perda das folhas é uma adaptação para reduzir a perda de água por transpiração e raízes bem desenvolvidas aumentam a capacidade de obter água do solo.

O mês do período seco é agosto e a temperatura do solo chega a 60ºC. O sol forte acelera a evaporação da água das lagoas e rios que, nos trechos mais estreitos, secam e param de correr. Quando chega o verão, as chuvas encharcam a terra e o verde toma conta da região.

Mesmo quando chove, o solo raso e pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada (médias entre 25oC e 29oC) provoca intensa evaporação. Por isso, somente em algumas áreas próximas às serras, onde a abundância de chuvas é maior, a agricultura se torna possível.

Na longa estiagem, os sertões são, muitas vezes, semi-desertos e nublados, mas sem chuva. O vento seco e quente não refresca, incomoda. A vegetação adaptou-se ao clima para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas, ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva.

Os cerca de 20 milhões de brasileiros que vivem nos 800 mil km2 de Caatinga nem sempre podem contar com as chuvas de verão. Quando não chove, o homem do sertão e sua família sofrem muito. Precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo.

O homem complicou ainda mais a dura vida no sertão. Fazendas de criação de gado começaram a ocupar o cenário na época do Brasil colônia. Os primeiros a chegar pouco entendiam a fragilidade da Caatinga, cuja aparência árida denuncia uma falsa solidez. Para combater a seca, foram construídos açudes para abastecer de água os homens, seus animais e suas lavouras. Desde o Império, quando essas obras tiveram início, o governo prossegue com o trabalho.

Clima e Hidrografia

Enquanto que as médias mensais de temperatura variam pouco na região, sendo mais afetadas pela altitude que por variações em insolação, as variações diárias de temperatura e umidade são bastante pronunciadas, tanto nas áreas de planície como nas regiões mais altas do planalto.

No planalto, os afloramentos rochosos mais expostos, sujeitos à ação dos ventos e outros fatores, podem experimentar temperaturas muito baixas e próximas ou abaixo de zero grau durante as noites mais frias do ano, enquanto que a temperatura pode ser bastante elevada durante os dias quentes e ensolarados do verão. Esta grande variação local de temperatura e umidade durante o dia influencia bastante a vegetação destas áreas, e é um forte fator a determinar sua composição.

Não é incomum se observar pesadas formações de nuvens ou neblina nas regiões mais altas no início da manhã

Não é incomum se observar pesadas formações de nuvens ou neblina nas regiões mais altas no início da manhã

As variações em temperatura são muito menos extremas durante a estação chuvosa, e também durante certos períodos quando a neblina se forma, especialmente à noite nas áreas de maior altitude, durante a estação seca. Não é incomum se observar pesadas formações de nuvens ou neblina nas regiões mais altas no início da manhã, durante a estação seca, o que resulta em menos de cinco horas de insolação por dia no planalto, enquanto que as áreas de planície circunvizinhas possuem uma taxa mais alta de insolação diária, sete horas ou mais.

Ao amanhecer, pode-se observar a presença de orvalho em abundância cobrindo o solo, as rochas e a vegetação nos locais mais altos. Isto fornece certa umidade ao solo mesmo durante a estação seca, e contribui para a manutenção da vegetação da área.

As áreas de planície estão sujeitas a um período de seca muito mais longo e severo que as áreas planálticas mais elevadas, período que normalmente dura sete meses, mas que às vezes pode chegar a até doze meses em um ano. Não só a taxa de precipitação anual é mais baixa, como também as temperaturas são em geral mais altas. Estas áreas têm clima semi-árido tropical, com temperaturas médias mensais ficando acima de 22°C.

Quando chove, no início do ano, a paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. A fauna volta a engordar. Através de caminhos diversos, os rios regionais saem das bordas das chapadas, percorrem extensas depressões entre os planaltos quentes e secos e acabam chegando ao mar, ou engrossando as águas do São Francisco e do Parnaíba (rios que cruzam a Caatinga).

Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascentes na região permanecem secos por cinco ou sete meses no ano. Apenas o canal principal do São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras regiões climáticas e hídricas.

Geologia, Relevo e Solos

Geologicamente, a região é composta de vários tipos diferentes de rochas. Nas áreas de planície as rochas prevalecentes têm origem na era Cenozóica (do fim do período Terciário e início do período Quaternário), as quais se encontram cobertas por uma camada de solo bastante profunda, com afloramentos rochosos ocasionais, principalmente nas áreas mais altas que bordejam a Serra do Tombador; tais solos (latossolos) são solos argilosos (embora a camada superficial possa ser arenosa ou às vezes pedregosa) e minerais, com boa porosidade e rico em nutrientes. Afloramentos de rocha calcárea de coloração acinzentada ocorrem a oeste, sendo habitados por algumas espécies endêmicas e raras, como o Melocactus azureus.

árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas

árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas

A região planáltica é composta de arenito metamorfoseado derivado de rochas sedimentares areníticas e quartzíticas consolidadas na era Proterozóica média; uma concentração alta de óxido férreo dá a estas rochas uma cor de rosa a avermelhada. Os solos gerados a partir da decomposição do arenito são extremamente pobres em nutrientes e altamente ácidos, formando depósitos arenosos ou pedregosos rasos, que se tornam mais profundos onde a topografia permite; afloramentos rochosos são uma característica comum das áreas mais altas.

Estes afloramentos rochosos e os solos pouco profundos formam as condições ideais para os cactos, e muitas espécies crescem nas pedras, em fissuras ou depressões da rocha onde a acumulação de areia, pedregulhos e outros detritos, juntamente com o húmus gerado pela decomposição de restos vegetais, sustenta o sistema radicular destas suculentas.

A Serra do Tombador possui um relevo montanhoso que se destaca das regiões mais baixas que o circundam – sua altitude fica em geral acima de 800 metros, alcançando aproximadamente 1000 m nos pontos de maior altitude, enquanto que a altitude nas planícies ao redor variam de 400 a 600 m, embora sofram um ligeiro aumento nas bordas do planalto.

O planalto age como uma barreira às nuvens carregadas de umidade provenientes do Oceano Atlântico que, ao ascenderem a medida em que se encontram com a barreira em que o planalto se constitui, se condensam e fornecem umidade na forma de neblina, orvalho e chuvas, mesmo no pico da estação seca. Isto resulta em um clima moderado e úmido que difere enormemente do clima das regiões mais baixas. Porém, o lado ocidental do planato é mais seco, com condições comparáveis às encontradas nas áreas de planície, porque a altitude das montanhas desviam as nuvens de chuva que vêm do Atlântico. Climatogramas de locais de altitude similar, mas localizados em lados opostos do planalto, claramente indicam a maior umidade do lado oriental. Um resultado da barreira formada pelas montanhas são nuvens carregadas de umidade provenientes do Oceano Atlântico, que produzem uma maior quantidade de chuvas no lado oriental.

A precipitação no planalto normalmente excede os 800 mm anuais, com picos de até 1.200 mm em determinados locais, enquanto que a média de precipitação nas áreas de planície fica em torno de 400 a 700 mm. A precipitação é freqüentemente bimodal nas regiões mais altas, com um máximo de chuvas no período de novembro a janeiro, e um segundo período chuvoso, menor, no período de março a abril.

A altitute elevada do relevo da Serra do Tombador conduz a um clima mesotérmico em que a média mensal da temperatura, pelo menos durante alguns meses, permanece abaixo dos 18°C. Os meses mais frios ocorrem no período do inverno (de maio a setembro, que coincide com a estação seca), quando o sol está em seu ponto mais baixo. As médias mensais de temperaturas do período mais quente do ano normalmente não excedem 22°C, sendo que os meses mais quentes do ano ocorrem entre outubro, um pouco antes do início da estação chuvosa, e fevereiro, quando as chuvas estão começando a se tornar raras.

O sertão nordestino é uma das regiões semi-áridas mais povoadas do mundo. A diferença entre a Caatinga e áreas com as mesmas características em outros países é que as populações se concentram onde existe água, promovendo um controle rigoroso da natalidade. No Brasil, entretanto, o homem está presente em toda a parte, tentando garantir a sua sobrevivência na luta contra o clima. A caatinga é coberta por solos relativamente férteis. Embora não tenha potencial madeireiro, exceto pela extração secular de lenha, a região é rica em recursos genéticos, dada a sua alta biodiversidade. Por outro lado, o aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores emergentes no período das chuvas.

Os grandes açudes atraíram fazendas de criação de gado. Em regiões como o Vale do São Francisco, a irrigação foi incentivada sem o uso de técnica apropriada e o resultado tem sido desastroso. A salinização do solo é, hoje, uma realidade. Especialmente na região onde os solos são rasos e a evaporação da água ocorre rapidamente devido o calor, a agricultura tornou-se impraticável.

Outro problema é a contaminação das águas por agrotóxicos. Depois de aplicado nas lavouras, o agrotóxico escorre das folhas para o solo, levado pela irrigação, e daí para as represas, matando os peixes. Nos últimos 15 anos, 40 mil km2 de Caatinga se transformaram em deserto devido à interferência do homem sobre o meio ambiente da região. As siderúrgicas e olarias também são responsáveis por este processo, devido ao corte da vegetação nativa para produção de lenha e carvão vegetal.


Vegetação

A vegetação do bioma é extremamente diversificada, incluindo, além das caatingas, vários outros ambiente associados. São reconhecidos 12 tipos diferentes de Caatingas, que chamam atenção especial pelos exemplos fascinantes de adaptações aos hábitats semi-áridos. Tal situação pode explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies vegetais, muitas das quais endêmicas ao bioma. Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, sendo 380 endêmicas.

A caatinga é um tipo de formação vegetal com características bem definidas: árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas (espécies caducifólias), além de muitas cactáceas.

Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana)

Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana)

A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). Contraditoriamente, a flora dos sertões é constituída por espécies com longa história de adaptação ao calor e à seca, é incapaz de reestruturar-se naturalmente se máquinas forem usadas para alterar o solo. A degradação é, portanto, irreversível na caatinga.

O aspecto geral da vegetação, na seca, é de uma mata espinhosa e agreste. Algumas poucas espécies da caatinga não perdem as folhas na época da seca. Entre essas destaca-se o juazeiro, uma das plantas mais típicas desse ecossistema.

Ao caírem as primeiras chuvas no fim do ano, a caatinga perde seu aspecto rude e torna-se rapidamente verde e florida. Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana, etc.).

Algumas das espécies mais comuns da região são a emburana, a aroeira, o umbu, a baraúna, a maniçoba, a macambira, o mandacaru e o juazeiro.

No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas “ilhas de umidade” e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas, é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos.

As espécies vegetais que habitam esta área são em geral dotadas de folhas pequenas, uma adaptação para reduzir a transpiração. Gêneros de plantas da família das leguminosas, como Acacia e Mimosa, são bastante comuns. A presença de cactáceas, notavelmente o cacto mandacaru (Cereus jamacaru), caracterizam a vegetação de caatinga; especificamente na caatinga da região de Morro do Chapéu, é característica a palmeira licuri (Syagrus coronata).

Fauna

Quando chove na caatinga, no início do ano, a paisagem e seus habitantes se modificam. Lá vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. Outros animais da região são o sapo-cururu, a asa-branca, a cotia, a gambá, o preá, o veado-catingueiro, o tatu-peba e o sagui-do-nordeste, entre outros.

A situação de conservação dos peixes da Caatinga ainda é precariamente conhecida. Apenas quatros espécies que ocorrem no bioma foram listadas preliminarmente como ameaçadas de extinção, porém se deve ponderar que grande parte da ictiofauna não foi ainda avaliada.

São conhecidas, em localidades com feição características da caatinga semi-áridas, 44 espécies de lagartos, 9 espécies de anfisbenídeos, 47 de serpentes, quatro de quelônios, três de crocolia, 47 de anfíbios – dessas espécies apenas 15% são endêmicas. Um conjunto de 15 espécies e de 45 subespécies foi identificado como endêmico. São 20 as espécies ameaçadas de extinção, estando incluídas nesse conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do mundo

Levantamentos de fauna na Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, 7 espécies de anfibenídeos (lagartos sem patas), 45 espécies de serpentes, 4 de quelônios, 1 de crocodiliano, 44 anfíbios.

Também constituída por diversos tipos de aves, algumas endêmicas do Nordeste, como o patinho, chupa-dente, o fígado, além de outras espécies de animais, como o tatu-peba, o gato-do-mato, o macaco prego e o bicho preguiça.

Destaca-se também a ocorrência de espécies em extinção, como o próprio gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.

A Caatinga possui extensas áreas degradadas, muitas delas incorrem, de certo modo, em rsico de desertificação. A fauna da Caatinga sofre grande prejuízos tanto por causa da pressão e da perda de hábitat como também em razão da caça e da pesca sem controle. Também há grande pressão da população regional no que se refere à exploração dos recursos florestais da Caatinga.

A Caatinga carece de planejamento estratégico permanente e dinâmico com o qual se pretende evitar a perda da biodiversidade do seu bioma.

Portal do Brasil

Igreja da América Latina demonstra preocupação com ameaças à Amazônia

Participantes do Encontro em Manaus

Participantes do Encontro em Manaus

Manaus (Segunda, 05-10-2009) Os bispos, padres e leigos que estiveram presentes no 3º Encontro Regional sobre a Amazônia, em Manaus (AM), aprovaram, na manhã de ontem (4), uma declaração em que reafirmam o compromisso da Igreja da América Latina com a Amazônia e expressam “preocupação” com as múltiplas ameaças que cercam a região, informou a CNBB. O evento foi convocado pelo Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam) a partir de seus Departamentos de Justiça e Caridade, Missões e Espiritualidade, Comunhão e Diálogo.

Ressaltando o caráter divino da região amazônica por conta de sua diversidade de climas, biomas, rios, recursos naturais e povos com variadas culturas, a declaração afirma a necessidade de rechaçar “crenças equivocadas” acerca da região.

Cita, como exemplo, as afirmações sobre a Amazônia como uma “homogeneidade de ecossistemas e de povos, como a última fronteira da humanidade que deve ser ocupada ou o pulmão verde do mundo”. Igualmente rechaça os que consideram os povos autóctones (aqueles que viviam numa área geográfica antes da sua colonização) como “um freio ao desenvolvimento”.

A declaração condena também os modelos desenvolvimentistas que respondem à “racionalidade mercantilista de maximização da ganância, muitas vezes em prejuízo às pessoas, ao direito dos povos e do ambiente”. Recorda tanto os que destroem a natureza quanto os que a querem manter de pé numa visão capitalista e mercadológica.

Outra questão observada é a urbanização, que já levou mais de 70% das populações amazônicas às cidades. Segundo o documento, isto deteriora não só a qualidade das águas dos rios e a preservação da selva, mas também as condições de vida das pessoas, principalmente as das periferias mais pobres das cidades, o que causa a perda de suas tradições históricas.

Já os projetos dos governos latinoamericanos para a PanAmazônia receberam críticas dos participantes do encontro. Esses projetos governamentais, afirmaram, “violam os direitos de territorialidade dos povos indígenas, assim como o direito dos povos à água doce, à educação, saúde e trabalho, expressamente contidos em leis regulatórias viventes e nos tratados internacionais sobre os direitos humanos a que nossos países têm aderido”.

A declaração defende, ainda, o direito dos povos amazônicos à evangelização, afirmando ser “imprescindível acompanhar os povos indígenas na vivência e expressão da fé e no seu processo de ser protagonistas da evangelização e da transformação da sociedade. A serviço deles estão as instituições da Igreja tais como o Celam, as Conferências Episcopais e as pastorais diocesanas”.

Fontes:
http://www.cnbb.org.br
http://www.gaudiumpress.org

Presidente da pastoral de ecologia e meio ambiente dominicana pede sanções aos crimes ambientais

Santo Domingo (Sexta, 05-06-2009, Gaudium Press) A Comissão Nacional da Pastoral de Ecologia e Meio Ambiente da República Dominicana pediu nesta sexta-feira que os violadores de leis ambientais recebam sanções e punições da Justiça.

O pedido feito pelo presidente do órgão, o bispo emérito de Barahona, monsenhor Fabio Mamerto Rivas, durante a celebração eucarística do Dia Mundial do Meio Ambiente ainda demanda um reforço na vigilância policial em ‘áreas vulneráveis’, e também uma melhor delimitação das zonas de proteção a fim de evitar o tráfico ilegal de espécies.

“Reafirmamos nosso pedido a toda a nação para que seja mantido um equilíbrio ecológico, compromisso contraído com nossos filhos (…) que devem ter consciencia de que lhes deixamos um mundo melhor que o que recebemos”, enfatizou o religioso.

Durante a homilia, monsenhor Mamerto Rivas ainda pediu aos cidadãos que evitem jogar lixo no solo e às autoridades que ‘façam sua parte’ para proteger os recursos naturais.

Papa alerta: respeito à vida e sobre ecologia

Encíclica considera contradição pedir às novas gerações o respeito do ambiente «quando a educação e as leis não as ajudam a respeitar-se a si mesmas»

vida

Bento XVI considera que um “dos aspectos mais evidentes do desenvolvimento actual” é a questão do respeito pela vida, condenando mentalidades anti-natalistas e a promoção do aborto e da eutanásia.O documento indica que “a fecundação in vitro, a pesquisa sobre os embriões, a possibilidade da clonagem e hibridação humana nascem e promovem-se na actual cultura do desencanto total, que pensa ter desvendado todos os mistérios porque já se chegou à raiz da vida”.

“À difusa e trágica chaga do aborto poder-se-ia juntar no futuro – embora subrepticiamente já esteja presente in nuce – uma sistemática planificação eugenética dos nascimentos. No extremo oposto, vai abrindo caminho uma mens eutanasica, manifestação não menos abusiva de domínio sobre a vida”, adverte.

Segundo Bento XVI, se “não é respeitado o direito à vida e à morte natural, se se torna artificial a concepção, a gestação e o nascimento do homem, se são sacrificados embriões humanos na pesquisa, a consciência comum acaba por perder o conceito de ecologia humana e, com ele, o de ecologia ambiental”.

“É uma contradição pedir às novas gerações o respeito do ambiente natural, quando a educação e as leis não as ajudam a respeitar-se a si mesmas”, diz o Papa.

A encíclica diz que os projectos para um desenvolvimento humano integral “não podem ignorar os vindouros, mas devem ser animados pela solidariedade e a justiça entre as gerações, tendo em conta os diversos âmbitos: ecológico, jurídico, económico, político, cultural”.

Em particular, Bento XVI desenvolve as questões relacionadas com “as problemáticas energéticas”, condenando “o açambarcamento dos recursos energéticos não renováveis por parte de alguns Estados, grupos de poder e empresas”.

“A protecção do ambiente, dos recursos e do clima requer que todos os responsáveis internacionais actuem conjuntamente e se demonstrem prontos a agir de boa fé, no respeito da lei e da solidariedade para com as regiões mais débeis da terra”, indica o documento.

O Papa observa que “a monopolização dos recursos naturais, que em muitos casos se encontram precisamente nos países pobres, gera exploração e frequentes conflitos entre as nações e dentro das mesmas”.

Nesse sentido, prossegue, “a comunidade internacional tem o imperioso dever de encontrar as vias institucionais para regular a exploração dos recursos não renováveis, com a participação também dos países pobres, de modo a planificar em conjunto o futuro”.

Por isso, Bento XVI frisa que também neste campo “há urgente necessidade moral de uma renovada solidariedade, especialmente nas relações entre os países em vias de desenvolvimento e os países altamente industrializados”.

“As sociedades tecnicamente avançadas podem e devem diminuir o consumo energético seja porque as actividades manufactureiras evoluem, seja porque entre os seus cidadãos reina maior sensibilidade ecológica. Além disso há que acrescentar que, actualmente, é possível melhorar a eficiência energética e fazer avançar a pesquisa de energias alternativas”, pode ler-se.

“O açambarcamento dos recursos, especialmente da água, pode provocar graves conflitos entre as populações envolvidas”, alerta ainda a “Caritas in veritate”.

Fonte: Eclesia

Fauna da Serra da Cantareira o Tamanduá ou papa-formigas

Tamanduá
tamandua
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Superordem: Xenarthra
Ordem: Pilosa
Subordem: Vermilingua
Família: Myrmecophagidae

Gray 1825

Géneros
Myrmecophaga

Tamandu

Os tamanduás ou papa-formigas são napudas da ordem Pilosa que vivem nas florestas e savanas das Américas Central e do Sul, desde o Belize até a Argentina. São muito comuns no Brasil, conhecidos com os nomes de jurumim, tamanduá-de-colete, tapi (cuja origem provem do latim Totalis e do romeno Historispi), etc.

Alimentam-se de formigas e principalmente de cupins (térmitas), que retiram dos cupinzeiros com a sua longa língua – chega a ter 200 cm de comprimento – alojada dentro de um focinho também afunilado. Para desfazer os cupinzeiros, os tamanduás têm garras fortes e curvas nas patas dianteiras, que lhes dificultam o andar.

Um tamanduá-bandeira adulto pode atingir 100 kg de peso e um comprimento de 1,80 m, incluindo a cauda que pode chegar a metade daquele tamanho.

Há uma espécie de tamanduá do Brasil que se encontra em perigo de extinção, o Myrmecophaga tridactyla, cujas fêmeas têm um único filhote por ano, muito pequeno e frágil, que é carregado nas costas da mãe até cerca de um ano de idade, tornando-se assim muito vulnerável aos predadores. Outro grande problema que pode afectá-los é a destruição do seu habitat.

Fábulas Lusitanas: Histórias de Canavial, por Fernando Lacerda, grande escritor Lusitano do século XVIII, reverência a existência do Tamanduá assim como suas características. A narrativa se passa em um terreno tomado por plantações de cana onde o autor descreve o caminho seguido por um jovem tamanduá em busca da verdade sobre sua existência. No desenrolar do enredo, o protagonista encontra três amigos que participarão, junto a ele, de diversas e insanas aventuras onde a imaginação é a fronteira entre o certo e o duvidoso.

fonte wiki

Fauna da Serra da Cantareira – Tatu

Dasypodidae
none
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Superordem: Xenarthra
Ordem: Cingulata
Família: Dasypodidae

Gray, 1821

Géneros
Chlamyphorus

Cabassous

Chaetophractus

Dasypus

Euphractus

Priodontes

Tolypeutes

Zaedyu

O tatu é um mamífero da ordem Xenarthra, família Dasypodidae, caracterizado pela armadura que cobre o corpo. Nativos do continente Americano, os tatus habitam savanas, cerrados, matas ciliares, e florestas secas. Têm importância para a medicina, uma vez que são os únicos animais, para além do homem, capazes de contrair lepra, sendo usados nos estudos dessa enfermidade.

Os tatus também são de grande importância ecológica, pois são capazes de alimentar-se de insetos (insetívoro) contribuindo para um equilibrio de populações de formigas e cupins. Na Universidade da Região da Campanha – Alegrete/RS, um trabalho de dieta destes dasípodos revelou que apenas um exemplar (Dasypus hybridus – tatu mulita) com aproximadamente 2,5 kg de peso consome cerca de 8.855 invertebrados em apenas uma noite ou até menos.

Quando estes animais são caçados pelo seu valor cinegético (caça para alimento) acaba por se desequilibrar o ecossistema pois se extermina um controlador natural de insectos, favorecendo o aumento destes invertebrados, resultando em problemas econômicos para a região.

Quando se protege de outros predadores, o tatu enrola-se, formando uma bola de armadura quase indestrutível. Nem um atropelamento de um veículo consegue perfurar a espessa armadura que o cobre.

fonte: wiki

Fauna da Serra da Cantareira – Bugio

Bugio
Bugiu
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Parvordem: Platyrrhini
Família: Atelidae
Subfamília: Alouattinae
Género: Alouatta
Espécie: A. guariba
Nome binomial
Alouatta guariba

( Humboldt, 1812

O bugio (também conhecido por guariba, barbado ou macaco-uivador) está entre os maiores primatas neotropicais, com comprimento de 30 a 75 centímetros. Sua pelagem varia de tons ruivos, ruivo acastanhados, castanho e castanho escuro. No caso da subespécie Alouatta guariba clamitans, os machos são vermelho-alaranjados e as fêmeas e jovens são castanho escuros. Ele é famoso por seu grito, que pode ser ouvido em toda a mata, e pela presença de pêlos mais compridos nos lados da face formando uma espécie de barba.

O Alouatta guariba é a espécie de bugio que habita a Mata Atlântica, desde o sul da Bahia (subespécie Alouatta guariba guariba) até o Rio Grande do Sul, chegando ao norte da Argentina, na região de Misiones (Subespécie Alouatta guariba clamitans). As duas subespécies constam na lista do Ibama como criticamente em perigo e vulnerável, respectivamente.

O desmatamento ameaça a sobrevivência dos bugios de diferentes maneiras. A mais evidente é a retirada da vegetação, o que restringe seus ambientes a pequenos fragmentos isolados.

  • Nasce em todas as estações do ano, depois um período de gestação de aproximadamente 140 dias.
  • Filho fica agarrado às costas da mãe durante os primeiros meses de vida.
  • Maturidade é atingida entre um ano e meio e dois anos.
  • Alimenta-se predominantemente de folhas, flores, brotos, frutos e caules de trepadeiras.
  • Pouco ativo, se locomove vagarosamente com a auxílio de sua cauda preênsil, que pode atingir 80 cm.
  • Pode atingir até 9 kg de peso.

A Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN) mantém laboratórios e alojamentos para pesquisadores denominado Estação Biológica de Caratinga (EBC), que é uma fazenda particular com um fragmento de Mata Atlântica e cerca de 800 hectares, onde ocorre a subespécie Alouatta guariba clamitans.

O grito do bugio

Quando amanhece em algum lugar de uma floresta tropical da América do Sul ouvem-se rugidos crescentes. Primeiro um, em seguida outro e depois outro, cada qual mais forte e penetrante. São os bandos de bugios comunicando a sua localização uns para os outros, como se cada indivíduo estivesse dizendo: “Estou no pedaço.”

O grito é a sua característica mais importante (um ronco forte). É interrompido e recomeçado várias vezes durante minutos e até horas. Costuma ser emitido também quando são observados outros grupos se aproximando ou com a invasão do território por outro indivíduo.

Quem ouve o ronco assustador do bugio nem imagina que por trás dequele estrondo e da barba espessa, esconde-se um macaco tímido, que vive em pequenos grupos, de três a doze indivíduos, de ambos os sexos e várias idades, chefiados por um macho adulto. Quanto ao seu tempo de vida, pouco se sabe, pois trata-se de um animal que não se adapta bem ao cativeiro.

A amplificação da potência desses sons é obtida graças ao hióide, pequeno osso situado entre a laringe e a base da língua. Na presença de um predador, ou de outros grupos de bugios o hióide funciona como uma caixa de ressonância.

Carne nobre para os índios

Os bugios (ou guaribas) foram muito caçados pelos índios, que apreciavam a sua carne acima de todas as outras. A lentidão para fugir das flechas também contribuiu para a sua preferência entre os índios. A caça ao primata é descrita por Darcy Ribeiro no livro Diários Índios (Cia. das Letras, 1996).

“Durante a caçada aos guaribas, os índios entusiasmaram-se a valer, gritavam imitando os urros dos macacos e os perseguiram por quilômetros, seguindo sua corrida nas árvores, saltando troncos, numa disparada infernal no meio da mata fechada.”

“A caçada aos guaribas é extremamente difícil. Eles se escondem na fronde das árvores mais altas, entre as touceiras de cipós, e ficam lá por horas, sem se mostrarem. Quando atingidos por flechas, que devem romper toda aquela couraça de lianas, os guaribas gritam de modo assustador, arrancam as flechas do corpo e as quebram com gestos muito humanos.”

Bugios em Embu das Artes

Recentemente foi registada a presença destes animais na região de Embu das Artes. Foram gravadas imagens e o som característico dos animais.

fonte: wiki

Fauna da Serra da Cantareira o Mico-leão-dourado

Mico-leão-dourado
none
Estado de conservação
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Parvordem: Platyrrhini
Família: Cebidae
Subfamília: Callitrichinae
Género: Leontopithecus
Espécie: L. rosalia
Nome binomial
Leontopithecus rosalia

( Linnaeus, 1766)

Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é um primata encontrado originariamente na Mata Atlântica, no sudeste brasileiro. Encontra-se em perigo de extinção.

O mico-leão é conhecido popularmente por sauí, sagüi, sagüi-piranga, sauí vermelho, mico e outras denominações regionais.

Animal monógamo, uma vez formado o casal, mantém-se fiel. Entre os micos-leões, pequenos primatas americanos, o recém-nascido não passa mais que quatro dias pendurado ao ventre materno. Depois disso, é o pai que o carrega, cuida dele, limpa-o e o penteia. A mãe só se aproxima na hora da mamada. Ele estende os braços e o pai lhe entrega o filhote, que mama durante uns quinze minutos. mas, mesmo nessa hora, o pequeno não gosta que o pai se distancie.

Atualmente, resta apenas um único local de preservação deste animal, (restam cerca de 1000 no mundo, metade dos quais em cativeiro) a Reserva Biológica de Poço das Antas, que representa cerca de 2% do habitat original da espécie.

Descrição Geral

Tem hábitos diurnos e arborícolas. Organizam-se em grupos de até 8 individuos e vivem cerca de 15 anos, sendo a maturidade da fêmea atingida com cerca de 1 ano e meio e a do macho com cerca de 2 anos, sua época reprodutiva é de setembro a março e a gestação demora cerca de 4 meses e meio, gerando, normalmente, entre 1 e 3 filhotes. O mico-leão-dourado é um animal pequeno,medindo entre 20 e 26 centímetros com um comprimento caudal entre 31 e 40 centímetros, o adulto pesa entre 360 e 710 gramas, sendo 60 gramas o peso considerado normal para um filhote. São onívoros, o que significa que sua alimentação é muito variada, neste caso comem frutas, insetos, ovos, pequenas aves e lagartos (em cativeiro as aves e lagartos são substituídos por carne). Tem uma pelagem sedosa e brilhante, de cor alaranjada e uma juba em torno da cabeça, o que deu origem ao seu nome popular.

Comportamento Social

É umas espécie altamente social.São encontrados,na natureza,em grupos de 2 a 8 indivíduos,frequentemente constituído por membros da mesma familia.O grupo consiste do casal reprodutor,1 ou 2 filhotes e outros membros.São altamente territoriais e defendem seus território com ameaças vocais.

fonte: wiki

Fauna da Serra da Cantareira muriqui-do-sul ou mono-carvoeiro

Muriqui
muriqui
Estado de conservação
mini

Em perigo crítico

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Atelidae
Género: Brachyteles 
Espécie: B. arachnoides
Nome binomial
Brachyteles arachnoides( Geoffroy, 1806)

O muriqui-do-sul ou mono-carvoeiro é um primata cujo nome científico é Brachyteles arachnoides. Considerado o maior entre os primatas do continente americano, encontrado originariamente na Mata Atlântica brasileira, consta da Lista Vermelha da UICN na categoria Em perigo crítico. É um dos primatas mais ameaçados do mundo.

Endêmico da Mata Atlântica do sudeste do Brasil (do sul da Bahia até o Paraná), sofre os efeitos do antropismo por várias vertentes:

  • destruição da floresta que é seu habitat original
  • caça ilegal nas áreas estatais preservadas
  • comércio ilegal em áreas privadas

É um animal dócil, de cor clara, pêlo longo e macio, e tem a face negra contornada de branco. De cauda preênsil, braços e pernas longos e finos, gosta de sa balançar nas árvores pela cauda. O adulto chega a medir 1,5 metro de altura e com uma cauda de um metro, e pesa 15 kg.

De hábitos diurnos, come folhas, frutas e flores. Vive em pequenos grupos, no estrato superior da floresta, chegam a dar saltos de até dez metros na copa das árvores. Dorme boa parte do dia.

Iniciativas de conservação

A Associação Pró-Muriqui desenvolve pesquisas com o Muriqui do Sul no estado de São Paulo (Parque Estadual Carlos Botelho), há mais de treze anos. Este é o único estudo de longo prazo com monos-carvoeiro em florestas não fragmentadas do Brasil. O principal foco de atuação destas pesquisas situa-se no Continuum Ecológico de Paranapiacaba, o maior remanescente natural do Bioma Mata Atlântica ainda existente no país (210 mil hectares de floresta contínua). Promove treinamento de jovens estudantes em primatologia de campo, visando à formação de recursos humanos que serão os futuros tomadores de decisão nas áreas de conservação e pesquisa.

O Programa Muriqui, do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro, acompanha grupos da espécie, estudando suas rotas e hábitos. O projeto conta com o apoio do Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, localizado em Guapimirim.

A Fundação Biodiversitas mantém duas RPPNs em Minas Gerais, a Mata do Sossego e a Fazenda Montes Claros.

Outros estudos importantes foram desenvolvidos com monos-carvoeiro existentes nas matas da Fazenda Barreiro Rico, em Anhembi, SP, de propriedade da família Reis de Magalhães.

Etimologia

A palavra muriqui na língua tupi significa “gente tranquila”.

fonte: Wiki

Amazônia secará, mas sobreviverá a aquecimento, diz estudo

A Amazônia pode estar menos vulnerável ao aquecimento global do que se temia, porque a maioria das projeções subestima o volume das chuvas, segundo um novo estudo divulgado na segunda-feira por cientistas do Reino Unido.

De acordo com eles, o Brasil e outros países da região têm de se empenhar para evitar um ressecamento irreversível do leste da Amazônia, a região mais ameaçada pela mudança climática, o desmatamento e as queimadas.

“O regime de chuvas no leste da Amazônia deve mudar durante o século 21 numa direção que favoreça mais florestas sazonais em vez de cerrados”, escreveram os cientistas na edição desta semana da revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

As florestas sazonais têm estações secas e úmidas, ao contrário da atual floresta tropical, perenemente úmida. A mudança pode favorecer novas espécies de plantas e animais.

O novo estudo contrasta com projeções anteriores de que a Amazônia poderia ser substituída pelo cerrado. Em 2007, um relatório do Painel Climático da ONU, que reúne os principais climatologistas do mundo, alertava que “até meados do século, aumentos na temperatura e o correspondente declínio na água do solo devem levar a uma substituição gradual das florestas tropicais pelo cerrado no leste da Amazônia”.

O novo estudo diz que quase todos os 19 modelos climáticos globais subestimam as chuvas na maior floresta tropical do mundo –conclusão obtida com base nas comparações dos modelos com as observações do clima ao longo do século 20.

amazoniaAs planícies amazônicas têm uma precipitação pluviométrica anual de 2.400 milímetros, e mesmo com as reduções previstas elas devem continuar suficientemente úmidas para sustentar uma floresta, segundo o estudo.

Os especialistas também reagiram a estudos de campo sobre como a Amazônia poderia reagir ao ressecamento. Eles mostraram que as florestas sazonais seriam mais resistentes a eventuais secas, porém mais vulneráveis a queimadas do que as atuais matas.

O estudo alerta ainda para os riscos agregados pela fragmentação da floresta devido à abertura de estradas e lavouras.

“A forma fundamental para minimizar o risco de degradação da Amazônia é controlar globalmente as emissões de gases do efeito estufa, particularmente pela queima de combustíveis fósseis no mundo desenvolvido e na Ásia”, disse Yadvinder Malhi, coordenador do estudo, da Universidade de Oxford.

Mas ele afirmou que os governos da região, especialmente o Brasil, também precisam gerenciar melhor as florestas.

O aquecimento global, segundo os cientistas, está “acompanhado por uma intensidade sem precedentes na pressão direta sobre as florestas tropicais, por meio da extração de madeira, desmatamento, fragmentação e uso do fogo”.

Fonte: