Um pouco de história

vistaparcialdaSerradaCantareiraA reserva da Cantareira cantareira1.jpgfoi o primeiro núcleo a abastecer de água a cidade de São Paulo, no local chamado Engordadouro, hoje aberto à visitação pública. É um lugar maravilhoso. Lá ficavam os primeiros reservatórios, e em1890 o governo do estado, naquela época provincial, fez o tombamento da serra da Cantareira, já prevendo o aproveitamento desse manancial que vem do rio Jundiaí. A água da serra é puríssima, e felizmente ainda não chegamos ao ponto de ter invasões ao redor das represas e não há igualmente a contaminação industrial, como acontece no sistema Guarapiranga-Billings, onde a água passa a custar sete a oito vezes mais por causa do tratamento.

Diante desse manancial, que abasteceu quase 80% da capital paulista, pode-se ver a importância do cinturão verde e o risco que corre com o Rodoanel e a ocupação irregular do solo. É o crime organizado que o ameaça, mancomunado com políticos, levando à especulação imobiliária.

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Uma proposta é cercar essa área com tela e sistema de vigilância, para termos tempo de reverter a situação.

O discurso dos ambientalistas tem sido muito defensivo. Temos de mudar essa atitude e passar para uma pró-ação. São Paulo é uma das piores cidades do mundo em termos de área verde por habitante. Entretanto, entra governo, sai governo e não se faz nada para reverter esse quadro.

A serra da Cantareira abriga cerca de 200 espécies de aves, quase o dobro da avifauna de toda a França, que tem 120 em todo o seu território. Existem quatro espécies de macacos, várias de felinos, como a jaguatirica, o gato-do-mato, a onça parda e a parda vermelha, que estão seriamente ameaçadas. É considerada a maior floresta urbana do mundo, com seus 80 quilômetros quadrados, que é o número fornecido pelo Instituto Florestal. Só que está sendo comida pelas beiradas, para usar um termo vulgar, por causa das invasões, que vêm não só do lado da capital como também de Mairiporã, de Caieiras, ou seja, da megacidade paulista. Há também condomínios de classe média alta no meio da serra, que a destroem, manifestando uma grande falta de conscientização. Os grandes vilões nessa questão ambiental são a desinformação, a ignorância, a ganância imobiliária, enfim, interesses econômicos que não levam em conta a questão mais importante que é nossa sobrevivência.

A reserva da biosfera de São Paulo recebeu um prêmio de US$ 200 mil da Ted Turner Foundation, que a considerou a mais importante do mundo, por ser a única encravada num contexto metropolitano da proporção de São Paulo. O Brasil, aliás, é campeão mundial de biodiversidade, o país onde há mais espécies em todo o planeta. Mas infelizmente também é um dos campeões da destruição.

Um pouco de história

De onde vem a palavra Cantareira?

As versões são muitas. Há quem diga que o nome se deve aos cântaros, porque havia muita água no local. Pode vir também de cantaria, no sentido de cortes de pedra, porque também há muita pedra na região. E também pode ter origem no canto dos pássaros ou na cantoria dos macacos.

É interessante pesquisar também a origem do local. Os livros de história não relatam isso, mas há descobertas recentes, como as publicadas nas obras A Saga de Aleixo Garcia e Chão de Piratininga, uma tese de Wilson Maia Fina, arquiteto do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo já falecido. O trabalho versa sobre a questão de Piratininga, que sempre consideramos o nome original de São Paulo, e que seria a região do centro velho de São Paulo, incluindo a Sé e o Pátio do Colégio.

Martim Afonso de Sousa, com a ajuda de João Ramalho, fundou a Vila de São Vicente, e Pero Lopes de Sousa, seu irmão, era o escrivão dessa expedição. A 9 léguas de São Vicente, de acordo com o documento – segundo outros são 10 léguas –, fundou a Vila de Piratininga, às margens do rio do mesmo nome. Esse rio Piratininga nunca foi encontrado. Há quem diga que seria outra designação do Tamanduateí, e para terceiros poderia ser o Anhembi ou Tietê, porque dependendo do local ou da situação do rio os índios lhe davam um nome diferente. Piratininga significa, segundo alguns etimólogos, peixe seco, ou o local onde o peixe seca. O professor Emanuel Rodrigues, por exemplo, acredita que seria o Tamanduateí, porque como a várzea ali alagava muito é possível que nas lagoas o peixe secasse. Há quem ache que seria um córrego na região de Paranapiacaba, no alto da serra do Mar. A verdade é que nunca se encontrou com certeza esse rio. Há também quem defenda a tese de que seria o local onde viviam os piratinins, uma tribo indígena.

No entanto, Wilson Maia Fina fez uma análise cuidadosa no Arquivo do Estado de São Paulo e também no Arquivo Municipal, onde há referência a Piratininga. Realizou levantamentos dos primeiros registros cartoriais da Vila de São Paulo de Piratininga, desde 1570, e traçou um mapa seguindo as divisas estabelecidas naqueles documentos. As referências são o rio Juqueri, a serra da Cantareira, ao norte do rio, no termo da Vila de São Paulo, e os rios Cabuçu e Santa Inês. A Estrada do Juqueri seria possivelmente a atual Rua Doutor Zuquim ou a Voluntários da Pátria.

A Vila de Piratininga se dispersou depois de sua fundação e permanece o mistério relativo a esse rio. Talvez houvesse interesse em despistar o local da fundação por causa do Tratado de Tordesilhas, para não ferir a coroa espanhola, mas isso são conjeturas. A verdade é que havia um assentamento provavelmente no ponto extremo de São Paulo, no alto da serra, um local estratégico para o acesso às Minas Gerais.

Outra constatação interessante: na Cantareira existe uma espécie de carvalho nacional, o Euplassa cantareirae. Onde essa árvore nasce, acreditava-se que existia ouro. Houve então mineração nessa região. Conclusão: Piratininga possivelmente ficava na Cantareira.

Wilson Maia Fina estabelece que a Vila de São Paulo estava situada no campo de Piratininga, ou seja, para os portugueses, vencida a serra do Mar, o planalto passa a ser um campo, porque logo em seguida vem o maciço da Cantareira. Assim, o campo de Piratininga seria onde vivemos hoje, e São Paulo de Piratininga significa a igreja de São Paulo, que atendia a Piratininga. Anchieta também escreveu, em torno de 1560, que havia portugueses vivendo em pecado na região da Cantareira, em Piratininga, porque lá não havia igreja. Essa é uma notícia interessante, que merece ser pesquisada. É possível que no subsolo dessa região haja algum indício arqueológico que prove essa tese.

http://www.recanta.org.br/cantareira_historia.html 

Entidades católicas enviam delegação a evento sobre mudanças climáticas nos EUA

Climate Justice Statement

Climate Justice Statement

Nova York A União Internacional de Agências de Desenvolvimento Católicas (CIDSE) e a Cáritas Internacional anunciaram nesta terça-feira o envio de uma delegação ao encontro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas que acontece hoje, 22, em Nova York.

Os dois órgãos vão se juntar aos responsáveis eclesiais e especialistas de países desenvolvidos e em desenvolvimento para solicitar aos líderes mundiais que ‘dêem prioridade absoluta a um novo acordo sobre o clima’.

Meeting and photo opportunity with Mr. Jose Manuel Barroso, President of the European Commission.

Meeting and photo opportunity with Mr. Jose Manuel Barroso, President of the European Commission.

O cardeal britânico e chefe da delegação, Keith O’Brien, afirmou que “os países ricos têm um dever moral inequívoco de reduzir as suas emissões e de ajudar os países em vias de desenvolvimento, que já sofreram as conseqüências do nosso uso excessivo de combustíveis fósseis com o intuito dos lucros”.

Os líderes mundiais se encontram na cidade estadunidense para conseguir a disposição política necessária e conseguir um acordo na conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, que acontece entre 7 e 18 de dezembro, em Copenhague, capital da Dinamarca.

A CIDSE e a Cáritas Internacional constituem a maior aliança humanitária e de desenvolvimento do mundo, com focos de atuação em mais de 200 países.

Fontes:
http://www.gaudiumpress.org
http://www.cidse.org
http://www.caritas.org

Dia de Oração pelo Meio Ambiente é comemorado na comunidade ortodoxa

Istambul A comunidade ortodoxa mundial celebra nesta terça-feira, dia 1º, o Dia de Oração pelo Meio Ambiente. Para a ocasião, o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, divulgou uma mensagem em que pde que a crise financeira mundial enseje mudanças na abordagem com relação ao meio ambiente.

“(A crise) oferece uma oportunidade para lidarmos com os problemas de maneira diferente. Precisamos incluir o amor em nossos desafios – o amor que inspira coragem e compaixão”, declarou o patriarca.

Bartolomeu pediu ainda em sua mensagem que se ore pelo sucesso da próxima Convenção da ONU sobre mudanças climáticas, marcada para o mês de dezembro em Copenhague, na Dinamarca. “Todos devemos renovar nosso compromisso para trabalhar juntos e promover mudanças. Rezemos para rejeitar qualquer atitude que prejudique a Criação, para alterar nosso modo de pensar, e então, drasticamente, nosso modo de viver”, clamou em seu texto.

Suíça

Paralelamente à Conferência de dezembro, diversos eventos preparatórios vêm ocorrendo com o intuito de “afinar os discursos” para o encontro na Dinamarca. Desde ontem, em Genebra, na Suíça, representantes de 150 países estão debatendo uma postura científica comum sobre como prever melhor os efeitos das mudanças climáticas. Também discutem maneiras mais eficazes para colocar à disposição de todos informações confiáveis sobre o tema.

Conforme noticiado pela Radio Vaticana, a enviada especial da ONU para a Mudança Climática, Gro Harlem Brundtland, destacou no evento de Genebra que muitas situações de crise de fome, epidemias e deslocamentos forçados, quase exclusivas dos países pobres, estão vinculadas aos desastres naturais, agora mais freqüentes devido ao aquecimento do planeta.

A conferência da Suíça é a terceira do gênero organizada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). A expectativa é que a conferência deste ano termine com um acordo para a criação de uma rede mundial de informações climáticas.

Fonte: Gaudium Press

A aliança entre o homem e a criação

O uso dos recursos do universo não pode ser separado do respeito pelas exigências morais. O domínio dado pelo Criador ao homem sobre os seres vivos e inanimados exige um respeito religioso pela integridade da criação

Jose Antonio Dominguez.JPGJosé Antonio Dominguez

Ao surgir das mãos de Deus, o homem era perfeitamente ordenado, criado à Sua “imagem e semelhança” (Gn 1, 26) e vivendo em harmonia com a natureza. Sendo rei da criação, era detentor do domínio sobre todos os seres, e isto se depreende da descrição do Gênesis: “E Deus os abençoou e disse: ‘Crescei e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a, e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu, e sobre todos os animais que se movem sobre a terra'” (Gn 1, 28).

Depois, Deus, num gesto de confirmação da realeza que lhe tinha conferido, apresentou todos os animais a Adão, “para este ver como os havia de chamar; e todo nome que Adão pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome” (Gn 2, 19). Pois, o dar o nome a algo ou a alguém é sinal de dominação.

Ao concluir a Sua obra, no sexto dia, com a criação do homem “Deus viu todas as coisas que tinha feito, e eram muito boas” (Gn 1, 31). Ou seja, tudo estava perfeito, sendo o homem o ápice, no qual se resumia todo o universo: o mundo mineral, vegetal e animal, o espírito e a matéria.

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O pecado destruiu a harmonia interna do homem

Porém, Adão, com sua ambição desmedida de querer ser igual a Deus – “sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal” (Gn 3, 5), disse o tentador a Eva – rompeu essa ordem inicial, segundo nos ensina o Catecismo:

“A harmonia na qual estavam, estabelecida graças à justiça original, está destruída; o domínio das faculdades espirituais da alma sobre o corpo é rompido; […] A harmonia com a criação está rompida: a criação visível tornou-se para o homem estranha e hostil. Por causa do homem, a criação está submetida à servidão da corrupção” (CIC, 400).

É de notar que até a própria criação material sofreu as conseqüências do pecado, de acordo com o ensinamento de São Paulo: “Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia. Não só ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo” (Rm 8, 22-23).

O exemplo do dilúvio universal

Uma vez quebrada essa harmonia da criação, pelo pecado, encontra- se a explicação do rumo tomado pela humanidade: revoltando-se contra Deus e rompendo a ordem interna da alma, a conduta do homem afeta também os seres irracionais, criados para servi-lo. Ao longo da história, há momentos em que as conseqüências desse rompimento se tornam mais agudas, por exemplo, no episódio do dilúvio universal.

Servindo-se de uma linguagem antropomórfica, o autor sagrado deixa transparecer como as conseqüências da desordem moral atingem até a própria natureza:

“O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na terra, e que todos os pensamentos de seu coração estavam continuamente voltados para o mal. O Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na terra, e teve o coração ferido de íntima dor. E disse: ‘Exterminarei da superfície da terra o homem que criei, e com ele os animais, os répteis e as aves dos céus, porque eu me arrependo de os haver criado'” (Gn 6, 5-7).

O autor sagrado faz uma relação misteriosa entre a ordem da natureza e a ordem moral. O rompimento de uma se reflete na outra: “a maldade dos homens era grande, […] exterminarei da superfície da terra o homem que criei, e com ele os animais, os répteis e as aves dos céus”.

Uma vez que o pecado é do homem, por que atingir também os animais?

O texto sagrado nos mostra que as desordens morais da humanidade acabam afetando a boa ordem da própria natureza e ameaçando sua integridade, pois o homem e o universo formam um conjunto harmônico, que reflete na beleza de seu todo, como num mosaico, as infinitas perfeições de Deus. Qualquer falha, em alguma das partes, desfigura e prejudica o conjunto.

O mau uso dos recursos naturais acarreta conseqüências nefastas

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Dia da Árvore: jovens arautos participam das
comemorações promovidas  pela  Secretária
do Meio  Ambiente de Mairiporã  (SP), plan-
tando mudas no Bosque da Amizade
Oscar Macoto

Na realidade, na grande maioria das situações de desordem moral, não é Deus que atua diretamente, mas são as próprias conseqüências do pecado, praticado pelo homem, no mau uso de seu livre arbítrio, que se voltam contra ele e o atingem, assim como à natureza. Não são as guerras, com seus efeitos devastadores, um exemplo disso? No mesmo sentido, também o uso inconsiderado dos recursos da natureza – o que constitui uma desordem moral – de que tanto se fala hoje, acaba tendo conseqüências nefastas para a humanidade.

O Papa Bento XVI tem chamado a atenção, mais recentemente, para a defesa da natureza, como por exemplo, no Ágora dos jovens italianos, em Loreto:

“Um dos campos em que parece urgente atuar é, sem dúvida, o da salvaguarda da criação. Às novas gerações é confiado o porvir do planeta, em que são evidentes os sinais de um desenvolvimento que nem sempre soube tutelar os delicados equilíbrios da natureza.

Antes que seja demasiado tarde, é preciso tomar decisões corajosas, que saibam criar de novo uma forte aliança entre o homem e a terra.

São necessários um sim decisivo à tutela da criação e um compromisso vigoroso em vista de inverter as tendências que correm o risco de levar a situações de degradação irreversível. Por isso, apreciei a iniciativa da Igreja italiana, de promover a sensibilidade sobre as problemáticas da salvaguarda da criação, proclamando um Dia Nacional que se celebra precisamente no dia 1º de setembro. No corrente ano, presta-se atenção sobretudo à água, um bem extremamente precioso que, se não for compartilhado de maneira eqüitativa e pacífica, infelizmente vai se tornar motivo de tensões duras e conflitos ásperos” (Homilia de 2/9/2007).

Mas a restauração dessa “aliança entre o homem e a terra”, de que fala tão oportunamente o Papa, só será possível pelo restabelecimento da aliança com Deus.

Respeito religioso pela integridade da Criação

Com efeito, ensina o Catecismo da Igreja Católica que “o sétimo mandamento [do Decálogo] ordena respeitar a integridade da criação. Os animais, como as plantas e os seres inanimados, estão naturalmente destinados ao bem comum da humanidade passada, presente e futura. O uso dos recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser separado do respeito pelas exigências morais. O domínio dado pelo Criador ao homem sobre os seres inanimados e os seres vivos não é absoluto; é medido por meio da preocupação pela qualidade de vida do próximo, inclusive das gerações futuras; exige um respeito religioso pela integridade da criação” (CIC, 2415).

As conseqüências da inobservância das leis morais em relação à criação são já sentidas em alguma medida por toda a humanidade, que carrega sobre si todo o peso de séculos de revolução industrial, de progresso tecnológico e de consumismo desenfreado.

O Magistério da Igreja

A Igreja, sempre atenta aos problemas de seu tempo, tem feito ouvir com freqüência a sua voz, alertando para a crise que

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“E Deus viu que isso era bom”

Cada criatura possui sua bondade e sua perfeição
próprias. Para cada uma das obras dos “seis dias”
se diz: “E Deus viu que isto era bom”. “Pela própria
condição da criação, todas as coisas são dotadas
de fundamento próprio, verdade, bondade, leis e
ordens específicas.” As diferentes criaturas,
queridas  em seu próprio ser, refletem, cada uma
a seu modo,  um raio da sabedoria e da bondade
infinitas de Deus. É por isso que o homem deve
respeitar a bondade própria de cada criatura para
evitar um uso desordenado das coisas, que
menospreze o Criador  e acarrete conseqüências
nefastas para os homens  e seu meio ambiente.
(CIC, 339)

vai crescendo nas relações entre o homem e o ambiente, conseqüência da crise entre o homem e seu Criador.

O Compêndio da Doutrina Social da Igreja aponta alguns aspectos da questão:

“A mensagem bíblica e o magistério eclesial constituem os pontos de referência-parâmetro para avaliar os problemas que se põem nas relações entre o homem e o ambiente . Na origem de tais problemas podese identificar a pretensão de exercitar um domínio incondicional sobre as coisas por parte do homem, um homem desatento às considerações de ordem moral que devem caracterizar cada atividade humana.

A tendência para a ‘exploração inconsiderada’ dos recursos da criação é o resultado de um longo processo histórico e cultural: ‘A época moderna registrou uma capacidade crescente de intervenção transformadora por parte do homem. O aspecto de conquista e de exploração dos recursos tornou-se predominante e invasivo, e hoje chega a ameaçar a própria capacidade acolhedora do ambiente: o ambiente como ‘recurso’ corre o perigo de ameaçar o ambiente como ‘casa’. Por causa dos poderosos meios de transformação, oferecidos pela civilização tecnológica, parece, às vezes, que o equilíbrio homem-ambiente tenha alcançado um ponto crítico'” (n. 461).

Saudades da integração com a natureza?

O habitante das sociedades industrializadas sente vivamente essa falta de equilíbrio, que se manifesta tantas vezes nas agressões da natureza, como também na doença do homem moderno, no estresse e no vazio espiritual. E a humanidade, que pela técnica julgou poder subjugar o universo, olha agora com certa saudade para trás, ansiosa por trocar uma vida excessivamente mecanizada e artificial por uma existência em que seja restabelecida a harmonia com a natureza.

Não refletirão também essas saudades o desejo de restaurar, de alguma forma, o convívio perdido com o Senhor Deus que “passeava pelo paraíso à hora da brisa, depois do meiodia” ? (Gn 3, 8).

(Revista Arautos do Evangelho, Nov/2007, n. 71, p. 16 à 19)

Tietê: Um rio verdadeiro

O principal rio do estado de São Paulo, e um dos mais importantes do País, nasce de três pequenos olhos d’água no município de Salesópolis e segue seu curso por 1.136 km até sua foz na divisa com o estado do Paraná, passando por cidades como a capital paulista, Pirapora do Bom Jesus e Barra Bonita.

O Tietê enfrenta durante esse trajeto o maior desafio para se manter vivo: a poluição.

O repórter Luciano Batista e o cinegrafista Paulo Welter percorreram parte do rio, da nascente até Barra Bonita, e nos mostram nesta reportagem as duas faces do Tietê: limpo e cheio de vida, depois poluído e quase morto.

E constatam que a luta pela vida tem prevalecido sobre a ação devastadora do homem, com o desmatamento e a poluição.

Gigantes do Mar

Elas já fizeram parte da lista de animais ameaçados de extinção. São da época dos dinossauros e cada uma delas pode viver até cem anos, pesar mais de 700 Kg e chegar a um tamanho superior a dois metros.

As tartarugas marinhas encantam e hoje são preservadas, principalmente pelos pescadores que antes sacrificavam estas espécies para vender o casco e se alimentar de sua carne.

Vamos conhecer um pouco mais sobre este encantador animal nesta série de duas reportagens.

Preservação da Espécie

Criado em 1980, o projeto Tartarugas Marinhas (Tamar) já realizou uma série de trabalhos, principalmente de conscientização junto às comunidades pesqueiras para preservar estas espécies que estavam ameaçadas de extinção.

Hoje ela conta com 22 bases espalhadas pelos mais de 8 mil km de costa e já ajudou a salvar milhares de animais.

Nesta segunda reportagem sobre as tartarugas marinhas, vamos conhecer um pouco mais sobre este trabalho que já foi reconhecido internacionalmente por preservar estes gigantes do mar.

Trabalho de Preservação Ambiental VI

Alunos do Colégio Arautos do Evangelho Internacional – Thabor, dentro do trabalho interdisciplinar: da Criação ao Criador, optaram por mostrar, de uma maneira criativa, os problemas que a falta de atenção do homem com a natureza pode causar ao ecossistema.

Eles fizeram uma peça teatral que conta a história da Serra da Cantareira e os perigos que a rondam por conta do risco de devastação.

Trabalho de preservação ambiental III

Na terceira reportagem da série sobre o trabalho interdisciplinar dos alunos do Colégio Arautos do Evangelho Internacional – Thabor, vamos acompanhar a importância do Sistema Cantareira de Abastecimento, responsável por 60% do fornecimento de água potável que a região metropolitana de São Paulo recebe.

O Sistema Cantareira ocupa uma área que abrange 12 municípios, sendo quatro deles no estado de Minas Gerais.