Um pouco de história

vistaparcialdaSerradaCantareiraA reserva da Cantareira cantareira1.jpgfoi o primeiro núcleo a abastecer de água a cidade de São Paulo, no local chamado Engordadouro, hoje aberto à visitação pública. É um lugar maravilhoso. Lá ficavam os primeiros reservatórios, e em1890 o governo do estado, naquela época provincial, fez o tombamento da serra da Cantareira, já prevendo o aproveitamento desse manancial que vem do rio Jundiaí. A água da serra é puríssima, e felizmente ainda não chegamos ao ponto de ter invasões ao redor das represas e não há igualmente a contaminação industrial, como acontece no sistema Guarapiranga-Billings, onde a água passa a custar sete a oito vezes mais por causa do tratamento.

Diante desse manancial, que abasteceu quase 80% da capital paulista, pode-se ver a importância do cinturão verde e o risco que corre com o Rodoanel e a ocupação irregular do solo. É o crime organizado que o ameaça, mancomunado com políticos, levando à especulação imobiliária.

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Uma proposta é cercar essa área com tela e sistema de vigilância, para termos tempo de reverter a situação.

O discurso dos ambientalistas tem sido muito defensivo. Temos de mudar essa atitude e passar para uma pró-ação. São Paulo é uma das piores cidades do mundo em termos de área verde por habitante. Entretanto, entra governo, sai governo e não se faz nada para reverter esse quadro.

A serra da Cantareira abriga cerca de 200 espécies de aves, quase o dobro da avifauna de toda a França, que tem 120 em todo o seu território. Existem quatro espécies de macacos, várias de felinos, como a jaguatirica, o gato-do-mato, a onça parda e a parda vermelha, que estão seriamente ameaçadas. É considerada a maior floresta urbana do mundo, com seus 80 quilômetros quadrados, que é o número fornecido pelo Instituto Florestal. Só que está sendo comida pelas beiradas, para usar um termo vulgar, por causa das invasões, que vêm não só do lado da capital como também de Mairiporã, de Caieiras, ou seja, da megacidade paulista. Há também condomínios de classe média alta no meio da serra, que a destroem, manifestando uma grande falta de conscientização. Os grandes vilões nessa questão ambiental são a desinformação, a ignorância, a ganância imobiliária, enfim, interesses econômicos que não levam em conta a questão mais importante que é nossa sobrevivência.

A reserva da biosfera de São Paulo recebeu um prêmio de US$ 200 mil da Ted Turner Foundation, que a considerou a mais importante do mundo, por ser a única encravada num contexto metropolitano da proporção de São Paulo. O Brasil, aliás, é campeão mundial de biodiversidade, o país onde há mais espécies em todo o planeta. Mas infelizmente também é um dos campeões da destruição.

Um pouco de história

De onde vem a palavra Cantareira?

As versões são muitas. Há quem diga que o nome se deve aos cântaros, porque havia muita água no local. Pode vir também de cantaria, no sentido de cortes de pedra, porque também há muita pedra na região. E também pode ter origem no canto dos pássaros ou na cantoria dos macacos.

É interessante pesquisar também a origem do local. Os livros de história não relatam isso, mas há descobertas recentes, como as publicadas nas obras A Saga de Aleixo Garcia e Chão de Piratininga, uma tese de Wilson Maia Fina, arquiteto do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo já falecido. O trabalho versa sobre a questão de Piratininga, que sempre consideramos o nome original de São Paulo, e que seria a região do centro velho de São Paulo, incluindo a Sé e o Pátio do Colégio.

Martim Afonso de Sousa, com a ajuda de João Ramalho, fundou a Vila de São Vicente, e Pero Lopes de Sousa, seu irmão, era o escrivão dessa expedição. A 9 léguas de São Vicente, de acordo com o documento – segundo outros são 10 léguas –, fundou a Vila de Piratininga, às margens do rio do mesmo nome. Esse rio Piratininga nunca foi encontrado. Há quem diga que seria outra designação do Tamanduateí, e para terceiros poderia ser o Anhembi ou Tietê, porque dependendo do local ou da situação do rio os índios lhe davam um nome diferente. Piratininga significa, segundo alguns etimólogos, peixe seco, ou o local onde o peixe seca. O professor Emanuel Rodrigues, por exemplo, acredita que seria o Tamanduateí, porque como a várzea ali alagava muito é possível que nas lagoas o peixe secasse. Há quem ache que seria um córrego na região de Paranapiacaba, no alto da serra do Mar. A verdade é que nunca se encontrou com certeza esse rio. Há também quem defenda a tese de que seria o local onde viviam os piratinins, uma tribo indígena.

No entanto, Wilson Maia Fina fez uma análise cuidadosa no Arquivo do Estado de São Paulo e também no Arquivo Municipal, onde há referência a Piratininga. Realizou levantamentos dos primeiros registros cartoriais da Vila de São Paulo de Piratininga, desde 1570, e traçou um mapa seguindo as divisas estabelecidas naqueles documentos. As referências são o rio Juqueri, a serra da Cantareira, ao norte do rio, no termo da Vila de São Paulo, e os rios Cabuçu e Santa Inês. A Estrada do Juqueri seria possivelmente a atual Rua Doutor Zuquim ou a Voluntários da Pátria.

A Vila de Piratininga se dispersou depois de sua fundação e permanece o mistério relativo a esse rio. Talvez houvesse interesse em despistar o local da fundação por causa do Tratado de Tordesilhas, para não ferir a coroa espanhola, mas isso são conjeturas. A verdade é que havia um assentamento provavelmente no ponto extremo de São Paulo, no alto da serra, um local estratégico para o acesso às Minas Gerais.

Outra constatação interessante: na Cantareira existe uma espécie de carvalho nacional, o Euplassa cantareirae. Onde essa árvore nasce, acreditava-se que existia ouro. Houve então mineração nessa região. Conclusão: Piratininga possivelmente ficava na Cantareira.

Wilson Maia Fina estabelece que a Vila de São Paulo estava situada no campo de Piratininga, ou seja, para os portugueses, vencida a serra do Mar, o planalto passa a ser um campo, porque logo em seguida vem o maciço da Cantareira. Assim, o campo de Piratininga seria onde vivemos hoje, e São Paulo de Piratininga significa a igreja de São Paulo, que atendia a Piratininga. Anchieta também escreveu, em torno de 1560, que havia portugueses vivendo em pecado na região da Cantareira, em Piratininga, porque lá não havia igreja. Essa é uma notícia interessante, que merece ser pesquisada. É possível que no subsolo dessa região haja algum indício arqueológico que prove essa tese.

http://www.recanta.org.br/cantareira_historia.html 

Acordo entre Brasil e EUA converte dívida em proteção ambiental

Em vez de pagar US$ 21 mi, País se compromete a destinar recursos para Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga

REUTERS
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ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) e a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)

Brasil e Estados Unidos assinaram na última quarta-feira um acordo que reduz o pagamento de uma dívida brasileira em cerca de 21 milhões de dólares em troca de mais proteção dos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga.

Com o acerto, o Brasil se compromete a destinar recursos para projetos de conservação ambiental.

“Essa iniciativa representa um salto qualitativo. É mais um instrumento que fortalece a cooperação bilateral, amplia a participação de atores e a oferta de recursos”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, segundo o site da pasta.

O acordo entre os dois países foi possível graças ao Tropical Forest Conservation Act (TFCA), promulgado pelos Estados Unidos em 1998 e que pretende encorajar a preservação das florestas tropicais no mundo.

Foi o 16o acordo deste tipo concluído pelos norte-americanos e o primeiro com o Brasil.

“A dívida que será convertida em proteção ao meio ambiente foi contraída pelo Brasil por volta dos anos 1960. De acordo com Izabella Teixeira, o país vinha cumprindo o cronograma de pagamento, e já teria pagado mais de 100 milhões de dólares”, informou o Ministério do Meio Ambiente.

A Caatinga é um ecossistema único com ocorrência de rica vegetação em região semi-árida

O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; ocupa os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.

A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas – formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas.

Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, sete espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymnophiona.

Foto Onça Vermelha, também chamada de puma, suçuarana, cougar, jaguaruna, leão-baio, onça-parda e leão-da-montanha

Foto Onça Vermelha, também chamada de puma, suçuarana, cougar, jaguaruna, leão-baio, onça-parda e leão-da-montanha

A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil-Colônia com o regime de sesmarias e sistema de capitanias hereditárias, por meio de doações de terras, criando-se condições para a concentração fundiária. De acordo com o IBGE, 27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.

Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram antropizados.

Estudo de Representatividade Ecológica do Bioma Caatinga

Este projeto abrange toda a área nuclear do bioma Caatinga. Por meio de estudos científicos, o projeto objetiva delimitar as ecorregiões da Caatinga e analisar a representatividade da vegetação e áreas protegidas do bioma, identificando-se as lacunas.

Os temas básicos abordados são: geomorfologia, geologia, solos, clima, vegetação e sistemática botânica, fauna (insetos, peixes, répteis, aves e mamíferos), e biogeografia. Estão sendo realizados estudos de compilação e trabalhos de campo para cobrir todas as possíveis lacunas de conhecimento dos temas que compõem o estudo. Todas as informações são referenciadas geograficamente e estocadas em banco de dados específico.

vegetação e sistemática botânica

vegetação e sistemática botânica

vegetação e sistemática botânica

vegetação e sistemática botânica

Localização
A caatinga ocupa uma área de 734.478 km2 e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Isto significa que grande parte do patrimônio biológico dessa região não é encontrada em outro lugar do mundo além de no Nordeste do Brasil.

A área total é de aproximadamente 1.100.000 km²

A área total é de aproximadamente 1.100.000 km²

A caatinga ocupa cerca de 7% do território brasileiro. Estende-se pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais.

A área total é de aproximadamente 1.100.000 km². O cenário árido é uma descrição da Caatinga – que na língua indígena quer dizer Mata Branca.

Caracterização

A caatinga tem uma fisionomia de deserto, com índices pluviométricos muito baixos, em torno de 500 a 700 mm anuais. Em certas regiões do Ceará, por exemplo, embora a média para anos ricos em chuvas seja de 1.000 mm, pode chegar a apenas 200 mm nos anos secos.

A temperatura se situa entre 24 e 26 graus e varia pouco durante o ano. Além dessas condições climáticas rigorosas, a região das caatingas está submetida a ventos fortes e secos, que contribuem para a aridez da paisagem nos meses de seca.

As plantas da caatinga possuem adaptações ao clima, tais como folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis, caules suculentos etc. Todas essas adaptações lhes conferem um aspecto característico denominado xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto).

Duas adaptações importantes à vida das plantas nas caatingas são a queda das folhas na estação seca e a presença de sistemas de raízes bem desenvolvidos. A perda das folhas é uma adaptação para reduzir a perda de água por transpiração e raízes bem desenvolvidas aumentam a capacidade de obter água do solo.

O mês do período seco é agosto e a temperatura do solo chega a 60ºC. O sol forte acelera a evaporação da água das lagoas e rios que, nos trechos mais estreitos, secam e param de correr. Quando chega o verão, as chuvas encharcam a terra e o verde toma conta da região.

Mesmo quando chove, o solo raso e pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada (médias entre 25oC e 29oC) provoca intensa evaporação. Por isso, somente em algumas áreas próximas às serras, onde a abundância de chuvas é maior, a agricultura se torna possível.

Na longa estiagem, os sertões são, muitas vezes, semi-desertos e nublados, mas sem chuva. O vento seco e quente não refresca, incomoda. A vegetação adaptou-se ao clima para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas, ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva.

Os cerca de 20 milhões de brasileiros que vivem nos 800 mil km2 de Caatinga nem sempre podem contar com as chuvas de verão. Quando não chove, o homem do sertão e sua família sofrem muito. Precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo.

O homem complicou ainda mais a dura vida no sertão. Fazendas de criação de gado começaram a ocupar o cenário na época do Brasil colônia. Os primeiros a chegar pouco entendiam a fragilidade da Caatinga, cuja aparência árida denuncia uma falsa solidez. Para combater a seca, foram construídos açudes para abastecer de água os homens, seus animais e suas lavouras. Desde o Império, quando essas obras tiveram início, o governo prossegue com o trabalho.

Clima e Hidrografia

Enquanto que as médias mensais de temperatura variam pouco na região, sendo mais afetadas pela altitude que por variações em insolação, as variações diárias de temperatura e umidade são bastante pronunciadas, tanto nas áreas de planície como nas regiões mais altas do planalto.

No planalto, os afloramentos rochosos mais expostos, sujeitos à ação dos ventos e outros fatores, podem experimentar temperaturas muito baixas e próximas ou abaixo de zero grau durante as noites mais frias do ano, enquanto que a temperatura pode ser bastante elevada durante os dias quentes e ensolarados do verão. Esta grande variação local de temperatura e umidade durante o dia influencia bastante a vegetação destas áreas, e é um forte fator a determinar sua composição.

Não é incomum se observar pesadas formações de nuvens ou neblina nas regiões mais altas no início da manhã

Não é incomum se observar pesadas formações de nuvens ou neblina nas regiões mais altas no início da manhã

As variações em temperatura são muito menos extremas durante a estação chuvosa, e também durante certos períodos quando a neblina se forma, especialmente à noite nas áreas de maior altitude, durante a estação seca. Não é incomum se observar pesadas formações de nuvens ou neblina nas regiões mais altas no início da manhã, durante a estação seca, o que resulta em menos de cinco horas de insolação por dia no planalto, enquanto que as áreas de planície circunvizinhas possuem uma taxa mais alta de insolação diária, sete horas ou mais.

Ao amanhecer, pode-se observar a presença de orvalho em abundância cobrindo o solo, as rochas e a vegetação nos locais mais altos. Isto fornece certa umidade ao solo mesmo durante a estação seca, e contribui para a manutenção da vegetação da área.

As áreas de planície estão sujeitas a um período de seca muito mais longo e severo que as áreas planálticas mais elevadas, período que normalmente dura sete meses, mas que às vezes pode chegar a até doze meses em um ano. Não só a taxa de precipitação anual é mais baixa, como também as temperaturas são em geral mais altas. Estas áreas têm clima semi-árido tropical, com temperaturas médias mensais ficando acima de 22°C.

Quando chove, no início do ano, a paisagem muda muito rapidamente. As árvores cobrem-se de folhas e o solo fica forrado de pequenas plantas. A fauna volta a engordar. Através de caminhos diversos, os rios regionais saem das bordas das chapadas, percorrem extensas depressões entre os planaltos quentes e secos e acabam chegando ao mar, ou engrossando as águas do São Francisco e do Parnaíba (rios que cruzam a Caatinga).

Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascentes na região permanecem secos por cinco ou sete meses no ano. Apenas o canal principal do São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras regiões climáticas e hídricas.

Geologia, Relevo e Solos

Geologicamente, a região é composta de vários tipos diferentes de rochas. Nas áreas de planície as rochas prevalecentes têm origem na era Cenozóica (do fim do período Terciário e início do período Quaternário), as quais se encontram cobertas por uma camada de solo bastante profunda, com afloramentos rochosos ocasionais, principalmente nas áreas mais altas que bordejam a Serra do Tombador; tais solos (latossolos) são solos argilosos (embora a camada superficial possa ser arenosa ou às vezes pedregosa) e minerais, com boa porosidade e rico em nutrientes. Afloramentos de rocha calcárea de coloração acinzentada ocorrem a oeste, sendo habitados por algumas espécies endêmicas e raras, como o Melocactus azureus.

árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas

árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas

A região planáltica é composta de arenito metamorfoseado derivado de rochas sedimentares areníticas e quartzíticas consolidadas na era Proterozóica média; uma concentração alta de óxido férreo dá a estas rochas uma cor de rosa a avermelhada. Os solos gerados a partir da decomposição do arenito são extremamente pobres em nutrientes e altamente ácidos, formando depósitos arenosos ou pedregosos rasos, que se tornam mais profundos onde a topografia permite; afloramentos rochosos são uma característica comum das áreas mais altas.

Estes afloramentos rochosos e os solos pouco profundos formam as condições ideais para os cactos, e muitas espécies crescem nas pedras, em fissuras ou depressões da rocha onde a acumulação de areia, pedregulhos e outros detritos, juntamente com o húmus gerado pela decomposição de restos vegetais, sustenta o sistema radicular destas suculentas.

A Serra do Tombador possui um relevo montanhoso que se destaca das regiões mais baixas que o circundam – sua altitude fica em geral acima de 800 metros, alcançando aproximadamente 1000 m nos pontos de maior altitude, enquanto que a altitude nas planícies ao redor variam de 400 a 600 m, embora sofram um ligeiro aumento nas bordas do planalto.

O planalto age como uma barreira às nuvens carregadas de umidade provenientes do Oceano Atlântico que, ao ascenderem a medida em que se encontram com a barreira em que o planalto se constitui, se condensam e fornecem umidade na forma de neblina, orvalho e chuvas, mesmo no pico da estação seca. Isto resulta em um clima moderado e úmido que difere enormemente do clima das regiões mais baixas. Porém, o lado ocidental do planato é mais seco, com condições comparáveis às encontradas nas áreas de planície, porque a altitude das montanhas desviam as nuvens de chuva que vêm do Atlântico. Climatogramas de locais de altitude similar, mas localizados em lados opostos do planalto, claramente indicam a maior umidade do lado oriental. Um resultado da barreira formada pelas montanhas são nuvens carregadas de umidade provenientes do Oceano Atlântico, que produzem uma maior quantidade de chuvas no lado oriental.

A precipitação no planalto normalmente excede os 800 mm anuais, com picos de até 1.200 mm em determinados locais, enquanto que a média de precipitação nas áreas de planície fica em torno de 400 a 700 mm. A precipitação é freqüentemente bimodal nas regiões mais altas, com um máximo de chuvas no período de novembro a janeiro, e um segundo período chuvoso, menor, no período de março a abril.

A altitute elevada do relevo da Serra do Tombador conduz a um clima mesotérmico em que a média mensal da temperatura, pelo menos durante alguns meses, permanece abaixo dos 18°C. Os meses mais frios ocorrem no período do inverno (de maio a setembro, que coincide com a estação seca), quando o sol está em seu ponto mais baixo. As médias mensais de temperaturas do período mais quente do ano normalmente não excedem 22°C, sendo que os meses mais quentes do ano ocorrem entre outubro, um pouco antes do início da estação chuvosa, e fevereiro, quando as chuvas estão começando a se tornar raras.

O sertão nordestino é uma das regiões semi-áridas mais povoadas do mundo. A diferença entre a Caatinga e áreas com as mesmas características em outros países é que as populações se concentram onde existe água, promovendo um controle rigoroso da natalidade. No Brasil, entretanto, o homem está presente em toda a parte, tentando garantir a sua sobrevivência na luta contra o clima. A caatinga é coberta por solos relativamente férteis. Embora não tenha potencial madeireiro, exceto pela extração secular de lenha, a região é rica em recursos genéticos, dada a sua alta biodiversidade. Por outro lado, o aspecto agressivo da vegetação contrasta com o colorido diversificado das flores emergentes no período das chuvas.

Os grandes açudes atraíram fazendas de criação de gado. Em regiões como o Vale do São Francisco, a irrigação foi incentivada sem o uso de técnica apropriada e o resultado tem sido desastroso. A salinização do solo é, hoje, uma realidade. Especialmente na região onde os solos são rasos e a evaporação da água ocorre rapidamente devido o calor, a agricultura tornou-se impraticável.

Outro problema é a contaminação das águas por agrotóxicos. Depois de aplicado nas lavouras, o agrotóxico escorre das folhas para o solo, levado pela irrigação, e daí para as represas, matando os peixes. Nos últimos 15 anos, 40 mil km2 de Caatinga se transformaram em deserto devido à interferência do homem sobre o meio ambiente da região. As siderúrgicas e olarias também são responsáveis por este processo, devido ao corte da vegetação nativa para produção de lenha e carvão vegetal.


Vegetação

A vegetação do bioma é extremamente diversificada, incluindo, além das caatingas, vários outros ambiente associados. São reconhecidos 12 tipos diferentes de Caatingas, que chamam atenção especial pelos exemplos fascinantes de adaptações aos hábitats semi-áridos. Tal situação pode explicar, parcialmente, a grande diversidade de espécies vegetais, muitas das quais endêmicas ao bioma. Estima-se que pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, sendo 380 endêmicas.

A caatinga é um tipo de formação vegetal com características bem definidas: árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem as folhas na estação das secas (espécies caducifólias), além de muitas cactáceas.

Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana)

Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana)

A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). Contraditoriamente, a flora dos sertões é constituída por espécies com longa história de adaptação ao calor e à seca, é incapaz de reestruturar-se naturalmente se máquinas forem usadas para alterar o solo. A degradação é, portanto, irreversível na caatinga.

O aspecto geral da vegetação, na seca, é de uma mata espinhosa e agreste. Algumas poucas espécies da caatinga não perdem as folhas na época da seca. Entre essas destaca-se o juazeiro, uma das plantas mais típicas desse ecossistema.

Ao caírem as primeiras chuvas no fim do ano, a caatinga perde seu aspecto rude e torna-se rapidamente verde e florida. Além de cactáceas, como Cereus (mandacaru e facheiro) e Pilocereu (xiquexique), a caatinga também apresenta muitas leguminosas (mimosa, acácia, emburana, etc.).

Algumas das espécies mais comuns da região são a emburana, a aroeira, o umbu, a baraúna, a maniçoba, a macambira, o mandacaru e o juazeiro.

No meio de tanta aridez, a caatinga surpreende com suas “ilhas de umidade” e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas, é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos.

As espécies vegetais que habitam esta área são em geral dotadas de folhas pequenas, uma adaptação para reduzir a transpiração. Gêneros de plantas da família das leguminosas, como Acacia e Mimosa, são bastante comuns. A presença de cactáceas, notavelmente o cacto mandacaru (Cereus jamacaru), caracterizam a vegetação de caatinga; especificamente na caatinga da região de Morro do Chapéu, é característica a palmeira licuri (Syagrus coronata).

Fauna

Quando chove na caatinga, no início do ano, a paisagem e seus habitantes se modificam. Lá vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. Outros animais da região são o sapo-cururu, a asa-branca, a cotia, a gambá, o preá, o veado-catingueiro, o tatu-peba e o sagui-do-nordeste, entre outros.

A situação de conservação dos peixes da Caatinga ainda é precariamente conhecida. Apenas quatros espécies que ocorrem no bioma foram listadas preliminarmente como ameaçadas de extinção, porém se deve ponderar que grande parte da ictiofauna não foi ainda avaliada.

São conhecidas, em localidades com feição características da caatinga semi-áridas, 44 espécies de lagartos, 9 espécies de anfisbenídeos, 47 de serpentes, quatro de quelônios, três de crocolia, 47 de anfíbios – dessas espécies apenas 15% são endêmicas. Um conjunto de 15 espécies e de 45 subespécies foi identificado como endêmico. São 20 as espécies ameaçadas de extinção, estando incluídas nesse conjunto duas das espécies de aves mais ameaçadas do mundo

Levantamentos de fauna na Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, 7 espécies de anfibenídeos (lagartos sem patas), 45 espécies de serpentes, 4 de quelônios, 1 de crocodiliano, 44 anfíbios.

Também constituída por diversos tipos de aves, algumas endêmicas do Nordeste, como o patinho, chupa-dente, o fígado, além de outras espécies de animais, como o tatu-peba, o gato-do-mato, o macaco prego e o bicho preguiça.

Destaca-se também a ocorrência de espécies em extinção, como o próprio gato-do-mato, o gato-maracajá, o patinho, a jararaca e a sucuri-bico-de-jaca.

A Caatinga possui extensas áreas degradadas, muitas delas incorrem, de certo modo, em rsico de desertificação. A fauna da Caatinga sofre grande prejuízos tanto por causa da pressão e da perda de hábitat como também em razão da caça e da pesca sem controle. Também há grande pressão da população regional no que se refere à exploração dos recursos florestais da Caatinga.

A Caatinga carece de planejamento estratégico permanente e dinâmico com o qual se pretende evitar a perda da biodiversidade do seu bioma.

Portal do Brasil

Fauna e Flora da Serra da Cantareira

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A Serra da Cantareira é um fragmento da Mata Atlântica com várias espécies de fauna e flora.


wikipédia

Paz e ecologia

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ARCEBISPO DO RIO DE JANEIRO

No dia 1º de janeiro, celebramos a Solenidade da Maternidade Divina de Nossa Senhora e também o Dia Mundial da Paz. Podemos, sem dúvida, ver nexos profundos entre as duas celebrações. Com efeito, a garantia de que o bem e a paz vencem o mal e a violência vem-nos d’Aquele que, sendo Deus, nasceu como homem do seio de Maria. Ele é o “Príncipe da Paz”. A Virgem, por sua vez, viu serem realizadas em si mesma e em favor do povo de Deus grandes maravilhas. Ela, que acreditou, é exemplo para cada um de nós e para a sociedade como um todo de que a esperança em Deus não decepciona. De fato, tudo pode ser mudado pela fé e pela confiança de que não estamos sozinhos na empreitada da construção da paz. A fé é uma disposição para acatar a vontade de Deus em nossas vidas, disposição capaz de renovação e transformação.

Maria, por causa de sua fé e de sua adesão incondicional a Deus, pôde contemplar as maravilhas que só Deus, atuante em nossas vidas, pode realizar.

O Santo Padre Bento XVI, em sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz, tratou do tema da preservação do meio ambiente. A natureza, afinal, é o nosso grande e comum lar neste mundo, e, como tal, merece nosso cuidado. A nossa paz, e, sobretudo, a das gerações futuras, depende do nosso bom relacionamento com a obra da criação de Deus. Mas nossos clamores e ações em favor da preservação da natureza só serão eficazes se, de fato, houver uma mudança de mentalidade.

É urgente reavaliar nossa concepção de desenvolvimento.

Não menos urgente é uma visão adequada do ser humano, uma vez que existe também, como diz Bento XVI, uma “ ecologia humana”.

O desenvolvimento não pode basear-se na sede desenfreada de lucro a qualquer custo. Não deve consistir apenas em uma questão de estratégia para o acúmulo de bens materiais, às vezes deixando à margem ou na exclusão uma ampla parcela de povos empobrecidos e miseráveis. Não pode também restringirse aos aspectos materiais da vida humana. É urgentíssimo que aprendamos ou reaprendamos o que significa “desenvolvimento integral”.

Este está atento a todas as dimensões do ser humano e às suas relações fundamentais com o mundo, o outro e Deus.

A noção de pessoa é de fundamental importância para a correta compreensão de quem é o homem. O homem é pessoa, isto é, é dotado de uma dimensão espiritual, pela qual pode reconhecer a verdade, o bem e a beleza; pode desejar o Absoluto e aceitá-lo como dom em Jesus Cristo; pode amar os semelhantes e cuidar do mundo no qual habita.

Nossa atual civilização, dominada pela técnica, corre o grande risco de esquecer-se da dignidade pessoal do homem, transformandoo em meio para fins ou em simples máquina a serviço do bem da tecnologia. Uma cultura para a qual só existem valores técnicos priva o homem de reconhecer sua verdadeira grandeza, porque o afasta de sua própria interioridade e da capacidade de contemplar desinteressadamente a beleza da existência.

Quero aqui desejar a todos, particularmente aos meus arquidiocesanos da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, buscando a cada dia reconciliação e renovação espiritual, a paz que vem da fé e da confiança em Deus; a paz que podemos construir pelo reconhecimento dos valores fundamentais; a paz que acontecerá na medida em que buscarmos e soubermos receber como dom a verdade sobre nós mesmos. Maria Santíssima, com o seu sim, seja nossa inspiração. Como Ela um dia cantou, possamos cantar também no ano que se inicia: “Grandes coisas o Poderoso fez em meu favor” (Lc 1,49).

Feliz e abençoado 2010 para todos nós!O desenvolvimento não pode basear-se na sede desenfreada N de lucro

fonte: Jornal do Brasil

Ritmo do desmatamento cai, mas devastação avança em novas regiões

Imagens de satélites analisadas pela ONG Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) confirmam a queda no ritmo do desmatamento divulgada pelo governo. Segundo o instituto, em setembro foram registrados 216 km² de floresta totalmente derrubada. O número representa queda de 33% em relação ao mesmo período de 2008, quando a Amazônia perdeu 321 km².

Pontos em vermelho mostram o desmatamento ocorrido em setembro, segundo o Imazon. No mapa, pode-se observar a devastação caminhando do AC e RO para o sul do AM. (Foto: Imazon/Divulgação)

Pontos em vermelho mostram o desmatamento ocorrido em setembro, segundo o Imazon. No mapa, pode-se observar a devastação caminhando do AC e RO para o sul do AM. (Foto: Imazon/Divulgação)

Nesta quarta-feira (4), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que a floresta havia sofrido 400 km² de devastação em setembro, uma redução de 32% em relação a 2008. Na medida oficial, além dos locais onde a mata foi completamente destruída – o chamado “corte raso” – também são computados os pontos em que houve degradação florestal.

Novas fronteiras

Apesar da queda, os dois institutos mostram o desmatamento avançando em áreas bem preservadas, como no Sul do Amazonas, e no norte do Pará, às margens do Rio Amazonas. Entre os dez municípios que mais desmataram em setembro, oito estão no sul amazonense ou fazem fronteira com ele.

Segundo Carlos Souza Jr, um dos pesquisadores responsáveis pelo levantamento do Imazon, faltam parque e reservas para proteger essa região dos grileiros. “Com as unidades de conservação, se alguém tem o interesse de especular, de ter a posse da terra, sabe que não vai conseguir. Isso tende a fazer o desmatamento ir para outra área. Por isso, seria interessante para fechar aquela fronteira”, afirma.

Em relação à margem do Amazonas, na região conhecida como Calha Norte, Souza Jr levanta a hipótese de madeireiras irem para lá pelo esgotamento da madeira no leste do Pará. “Quando a madeira declina ou as condições das pastagens ficam empobrecidas, migra-se para outras fronteiras. Sabemos que muitas madeireiras que estavam em Paragominas estão lá.”

http://g1.globo.com

Igreja da América Latina demonstra preocupação com ameaças à Amazônia

Participantes do Encontro em Manaus

Participantes do Encontro em Manaus

Manaus (Segunda, 05-10-2009) Os bispos, padres e leigos que estiveram presentes no 3º Encontro Regional sobre a Amazônia, em Manaus (AM), aprovaram, na manhã de ontem (4), uma declaração em que reafirmam o compromisso da Igreja da América Latina com a Amazônia e expressam “preocupação” com as múltiplas ameaças que cercam a região, informou a CNBB. O evento foi convocado pelo Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam) a partir de seus Departamentos de Justiça e Caridade, Missões e Espiritualidade, Comunhão e Diálogo.

Ressaltando o caráter divino da região amazônica por conta de sua diversidade de climas, biomas, rios, recursos naturais e povos com variadas culturas, a declaração afirma a necessidade de rechaçar “crenças equivocadas” acerca da região.

Cita, como exemplo, as afirmações sobre a Amazônia como uma “homogeneidade de ecossistemas e de povos, como a última fronteira da humanidade que deve ser ocupada ou o pulmão verde do mundo”. Igualmente rechaça os que consideram os povos autóctones (aqueles que viviam numa área geográfica antes da sua colonização) como “um freio ao desenvolvimento”.

A declaração condena também os modelos desenvolvimentistas que respondem à “racionalidade mercantilista de maximização da ganância, muitas vezes em prejuízo às pessoas, ao direito dos povos e do ambiente”. Recorda tanto os que destroem a natureza quanto os que a querem manter de pé numa visão capitalista e mercadológica.

Outra questão observada é a urbanização, que já levou mais de 70% das populações amazônicas às cidades. Segundo o documento, isto deteriora não só a qualidade das águas dos rios e a preservação da selva, mas também as condições de vida das pessoas, principalmente as das periferias mais pobres das cidades, o que causa a perda de suas tradições históricas.

Já os projetos dos governos latinoamericanos para a PanAmazônia receberam críticas dos participantes do encontro. Esses projetos governamentais, afirmaram, “violam os direitos de territorialidade dos povos indígenas, assim como o direito dos povos à água doce, à educação, saúde e trabalho, expressamente contidos em leis regulatórias viventes e nos tratados internacionais sobre os direitos humanos a que nossos países têm aderido”.

A declaração defende, ainda, o direito dos povos amazônicos à evangelização, afirmando ser “imprescindível acompanhar os povos indígenas na vivência e expressão da fé e no seu processo de ser protagonistas da evangelização e da transformação da sociedade. A serviço deles estão as instituições da Igreja tais como o Celam, as Conferências Episcopais e as pastorais diocesanas”.

Fontes:
http://www.cnbb.org.br
http://www.gaudiumpress.org

Bento XVI fala em vídeo à cúpula de mudanças climáticas da ONU

bentoxvi_d“A Terra é definitivamente um precioso presente do Criador que, ao desenhar seus ordenamentos intrínsecos, nos entregou guias que nos auxiliam como administradores de sua criação”, disse o Papa em sua participação, por meio de vídeo, no encontro da ONU para Mudanças Climáticas ocorrido na última terça-feira, em Nova York, mas cujo conteúdo só foi divulgado hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé. O encontro foi preparatório para uma ampla conferência internacional sobre clima que acontecerá em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro.

O vídeo do Papa enviado para o evento foi gravado durante a audiência geral do dia 16 de agosto. Nele, Bento XVI lembra aos líderes mundiais a necessidade de um uso responsável do meio ambiente para salvaguardar as futuras gerações e os pobres. “Juntos podemos construir um desenvolvimento humano integral que seja benéfico para todos os povos, presentes e futuros, um desenvolvimento inspirado pelos valores da caridade na verdade. Para que isso aconteça, é essencial que o atual modelo de desenvolvimento global seja transformado através de uma maior, e compartilhada, aceitação da responsabilidade pela criação: isso é exigido não apenas pelos fatores ambientais, mas também por causa do escândalo da fome e da miséria humana”, disse o Papa.

“Com esses sentimentos, desejo encorajar todos os participantes do encontro das Nações unidas para que entrem nas discussões construtivamente e com generosa coragem. De fato, todos nós somos chamados para exercitar uma responsável administração da criação, para usar os recursos de forma que cada indíviduo e comunidade possam viver com dignidade, e para desenvolver a aliança entre seres humanos e o meio, que deveria espelhar o amor criador de Deus”.

Fonte: http://www.gaudiumpress.org

Entidades católicas enviam delegação a evento sobre mudanças climáticas nos EUA

Climate Justice Statement

Climate Justice Statement

Nova York A União Internacional de Agências de Desenvolvimento Católicas (CIDSE) e a Cáritas Internacional anunciaram nesta terça-feira o envio de uma delegação ao encontro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas que acontece hoje, 22, em Nova York.

Os dois órgãos vão se juntar aos responsáveis eclesiais e especialistas de países desenvolvidos e em desenvolvimento para solicitar aos líderes mundiais que ‘dêem prioridade absoluta a um novo acordo sobre o clima’.

Meeting and photo opportunity with Mr. Jose Manuel Barroso, President of the European Commission.

Meeting and photo opportunity with Mr. Jose Manuel Barroso, President of the European Commission.

O cardeal britânico e chefe da delegação, Keith O’Brien, afirmou que “os países ricos têm um dever moral inequívoco de reduzir as suas emissões e de ajudar os países em vias de desenvolvimento, que já sofreram as conseqüências do nosso uso excessivo de combustíveis fósseis com o intuito dos lucros”.

Os líderes mundiais se encontram na cidade estadunidense para conseguir a disposição política necessária e conseguir um acordo na conferência das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas, que acontece entre 7 e 18 de dezembro, em Copenhague, capital da Dinamarca.

A CIDSE e a Cáritas Internacional constituem a maior aliança humanitária e de desenvolvimento do mundo, com focos de atuação em mais de 200 países.

Fontes:
http://www.gaudiumpress.org
http://www.cidse.org
http://www.caritas.org

Dia de Oração pelo Meio Ambiente é comemorado na comunidade ortodoxa

Istambul A comunidade ortodoxa mundial celebra nesta terça-feira, dia 1º, o Dia de Oração pelo Meio Ambiente. Para a ocasião, o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, divulgou uma mensagem em que pde que a crise financeira mundial enseje mudanças na abordagem com relação ao meio ambiente.

“(A crise) oferece uma oportunidade para lidarmos com os problemas de maneira diferente. Precisamos incluir o amor em nossos desafios – o amor que inspira coragem e compaixão”, declarou o patriarca.

Bartolomeu pediu ainda em sua mensagem que se ore pelo sucesso da próxima Convenção da ONU sobre mudanças climáticas, marcada para o mês de dezembro em Copenhague, na Dinamarca. “Todos devemos renovar nosso compromisso para trabalhar juntos e promover mudanças. Rezemos para rejeitar qualquer atitude que prejudique a Criação, para alterar nosso modo de pensar, e então, drasticamente, nosso modo de viver”, clamou em seu texto.

Suíça

Paralelamente à Conferência de dezembro, diversos eventos preparatórios vêm ocorrendo com o intuito de “afinar os discursos” para o encontro na Dinamarca. Desde ontem, em Genebra, na Suíça, representantes de 150 países estão debatendo uma postura científica comum sobre como prever melhor os efeitos das mudanças climáticas. Também discutem maneiras mais eficazes para colocar à disposição de todos informações confiáveis sobre o tema.

Conforme noticiado pela Radio Vaticana, a enviada especial da ONU para a Mudança Climática, Gro Harlem Brundtland, destacou no evento de Genebra que muitas situações de crise de fome, epidemias e deslocamentos forçados, quase exclusivas dos países pobres, estão vinculadas aos desastres naturais, agora mais freqüentes devido ao aquecimento do planeta.

A conferência da Suíça é a terceira do gênero organizada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). A expectativa é que a conferência deste ano termine com um acordo para a criação de uma rede mundial de informações climáticas.

Fonte: Gaudium Press